sábado, 14 de janeiro de 2012
LINHAS CREMADAS
Lembras-te amor?
De quando andávamos pelo mundo fora(gidos) de mãos dadas e cada barreira era mais um motivo para sorrirmos juntos?
Lembras-te amor?
De como era bom avistar ao anoitecer o brilho das estrelas acocoradas ao luar?
Lembras-te amor?
Sempre que o céu cinzento soltava a tempestade, tu ou eu beijávamos o sol para que ele aparecesse ao nosso olhar?
Lembras-te amor?!...
E agora?!...
Porque é que as nossas mãos romperam o laço que as abraçava?
Porque é que o entardecer perdeu o brilho das estrelas e até o luar?
Porque é que o céu se mantém carcomido de cinzento e só acolhe a chuva?
Porque é que não tem força para fazer raiar o sol todo o dia, como tinha antes?
Diz-me, amor!...
Porquê tantas questões se antes tudo não passava de certezas, mesmo que aos olhos de crianças inocentes?
O que somos agora?!...
NADA!
Nada resta mais de nós que estas linhas curvas ao vidro baço da janela sem razão de ser.
Estas linhas amor, ainda atadas ao teu perfume que me incendeia os sentidos.
Estas linhas amor, embriagadas à luz da perfeição de outros tempos bebidos ao pôr-do-sol deliciado.
Estas LINHAS amor, CREMADAS na fogueira dos meus desencantos, onde tu e eu, já não somos mais um “NÓS”, somos apenas meras cinzas arrasadas.
13.01.12
HEART – ALONE (TRADUÇÃO)
http://www.youtube.com/watch?v=2Ff30uLgCOE
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