Selvagem, busco incessante mil caminhos
Aos soluços oscilo loucamente entre becos
Deito-me nas trevas destes pergaminhos
Onde me mordem versos de lábios secos
Encontro-me onde tantas vezes me perco
Arrasto-me, lambo com prazer o alcatrão
Mendigo no calvário em que me cerco
Sabe bem a dor ao pisar forte o chão
Sou eu quem chefia toda esta guerra
Prefiro ser sozinha do que ser tua
Já atingi o mar, pisquei os olhos à terra
Já fui pedaço de céu acariciando a lua
Hoje sou nó de gravata que encerra
Uma existência que cada vez mais mingua!
05.05.12
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