domingo, 31 de julho de 2011

DAR VIDA ÀS COISAS

Pego numa folha caída sem vida
Rapidamente a ponho colorida
Ficou mais sorridente
Agora sim, está contente!

Pego num papel amachucado
Que aparentemente tem o seu fim contado
Ele é muito fino
Transporto-o para outro lado
Dou-lhe outro destino
Pinto-o de dourado
Com um toque de brilhante
Assim, sempre que o observar
Vou-me lembrar
De uma estrela cintilante!

Avisto um pobre brinquedo
Só e cheio de medo
Trago-o comigo
E dou-lhe abrigo
Até que o ofereço a uma menina
Que está sozinha a ler a sina!

 
Vejo um livro fechado
Triste e muito apagado
Começo a desfolhar
E não consigo parar
Descubro naquele instante
Que a história é interessante!

O livro faz-me companhia
Eu dou-lhe vida e alegria
Porque ao estar a ler
É como se ele fosse um novo ser!

Tenho uma moldura
Sem qualquer gravura
Sem nenhuma fantasia
Vou colocar-lhe uma fotografia
Com uma imagem
É logo outra paisagem!

Aproveito uma lata que ia para o lixo
Nela o olhar fixo
Forro-a com restos de tecido
Que não dão para fazer um vestido
Mas faço um mealheiro
Onde posso colocar o meu dinheiro!

 
Tenho uma tela à minha frente
Que está completamente vazia
Vou transformá-la em gente
E desenhar uma família!

Não tenho como decorar a tela
Falta-me o pincel que a pinta
Apesar de ter a tinta
Já não ficará tão bela!


Num improviso br
eve
Pinto com o que estiver mais à mão
Esqueço por momentos a razão
Que é para isso que a imaginação serve!

Como se pode comprovar
Vida às coisas devemos dar
Porque dar vida às coisas é também viver
E com elas aprender

Uma coisa só está perdida
Se ninguém lhe der vida…
E podemos transformá-la numa coisa divertida!

23.07.2011
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