sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

NÃO GOSTO DOS AFETOS BANALIZADOS






Não gosto dos afetos banalizados.


Irrita-me principalmente, aquela ideia de termos de cumprimentar toda a gente

- até as desconhecidas 
- com dois beijos “só para parecer bem”.



Se não conhecemos as pessoas, para quê transmitir qualquer tipo de intimidade, quando na realidade 

não existe?

A resposta - que me ocorre - é imediata: porque “vivemos de aparências”! Vou cumprimentar, 


porque fica bem, por simpatia, “só para inglês ver”.



Sinto-me obrigada a cair no “cliché”.



E se conhecemos, porque temos de andar aos beijos para cá e para lá, à chegada e à saída? (Se não o 

fizermos, as pessoas ficam “ofendidas”.)

Questiono-me se isso demonstra realmente o quanto gostamos das pessoas…


Um carinho e a presença na altura certa não serão mais importantes que isso?!

Cada vez me oponho mais a estas “teorias pré-fabricadas” e ridículas que a sociedade “impõe” e 


abomino este tipo de atitude. Não por falta de educação mas, talvez fruto da minha personalidade 

cada dia mais vincada, de acordo com os princípios em que acredito.



Gosto de beijar, abraçar e tocar (n)as pessoas que me transmitem algo, além da aparência. 

Sabe bem, um beijo de saudade, um abraço forte num momento menos feliz.



Na minha opinião, os afetos são especiais. E sendo especiais, considero-os raros. Não são para 

serem esbanjados por aí, sem qualquer sentido, sem qualquer sentimento.


Beijem, com sentido(s).

Abracem, com sentido(s).


Perdoem-me o desabafo.

03.01.15

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