sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

ENTREVISTA - REVISTA LITERÁRIA DIGITAL "LIVROS & LEITURAS"


Disponibilizo a Entrevista publicada na Revista Literária Digital "Livros & Leituras".




Jessica Neves nasceu a 8 de Março de 1994, em Coimbra. Descobriu o gosto pela poesia aos 17 anos de idade. Tem como motivação principal a paixão pela vida. O tema que lhe dá mais prazer escrever é o amor, destacando-se pelo seu estilo sensual e ousado. Tem participação em várias antologias poéticas. Publicou o seu primeiro livro “(Sem) Papel e Caneta, (Com) Alma e Coração”, em Julho de 2012, sob a chancela da Chiado Editora.

Livros & Leituras – Que significado tem para si o ato de escrever e a partir de que altura este se tornou “profissional”? 
Jessica Neves – O ato de escrever é pura libertação! É assim que me sinto quando escrevo. Despertei aos 17 anos para a escrita e, desde então que, foi adquirindo importância ao longo do percurso. Olhando o “antes” e o “agora”, sinto que há uma evolução gratificante. Sinto-me cada vez mais “presa” e dentro da teia das palavras e assim pretendo continuar. 

L&L – É preciso ser um bom leitor para se ser um bom escritor?
JN – Talvez. Penso que, essencialmente para quem faz da escrita um dos seus “lemas de vida”, há a necessidade constante da leitura, pois, estimula bastante. “Abre” a mente e coloca-nos mais além, ao nível do pensamento, do saber ser e estar, do modo como olhamos as coisas e a sociedade. Também aprendemos e crescemos com o que escrevemos, mas, sobretudo, com o que lemos.

L&L – O seu trabalho é versátil ou, pelo contrário, tem um estilo muito próprio e facilmente identificável pelos leitores?
JN – É versátil, na medida em que, tanto escrevo paixão, amor, como solidão ou melancolia. Ainda assim, não deixo de ter um estilo muito próprio, repleto de sensualidade, erotismo e ousadia que é realmente o meu estilo predileto e predominante.


L&L – Áreas como, por exemplo, a ilustração e a música têm vindo a afirmar-se na sua relação com a Literatura. Como encara esse facto?
JN – Sendo ambas áreas complementares, faz todo o sentido. Agrupar diferentes formas de arte é sempre uma mais-valia.
L&L – A tradição oral representa, nalguns países da lusofonia, uma importante marca de identidade cultural. A globalização e a dificuldade em editar podem ser uma ameaça à perda desse património?
JN – Podem ser ameaças, mas cabe a cada um de nós fazer a nossa parte, para que o património cultural não se perca e não morra.
L&L – A Língua Portuguesa é uma mais-valia no panorama literário mundial? 
JN – Gostaria de dizer que sim mas, tendo em conta que somos “pequeninos” acabamos por estar um pouco “limitados” por outras línguas mais influentes e globais, como a língua inglesa.
L&L – Quais os seus escritores lusófonos favoritos e porquê?
JN – Fernando Pessoa pelo desassossego, Florbela Espanca pela mestria, na construção dos sonetos, e Mia Couto pela figura incontornável que é e pelo que transmite em toda a sua escrita.

L&L – Ao nível da Literatura, que medidas poderão ser implementadas para que o universo lusófono seja uma realidade mais coesa entre escritores de diferentes nacionalidades?
JN – Os eventos literários onde se partilham e divulgam autores são imprescindíveis. O contacto com diferentes realidades/nacionalidades é sempre enriquecedor. Assim sendo, tornam-se essenciais, os encontros literários.
L&L – A Internet e os recentes suportes informáticos contribuem para o reforço e promoção do seu trabalho?
JN – Sim, contribuem para a promoção e para a divulgação de uma forma simples e de rápido acesso, sendo fácil chegar às pessoas.
L&L – Qual o maior desafio que já enfrentou ou que gostaria de enfrentar em termos profissionais?
JN – O maior desafio é viver sempre apaixonada pela vida. Caminhando degrau a degrau, gostaria de, um dia mais tarde, ser reconhecida pelo que escrevo.

*Entrevista realizada no âmbito do “Munda Lusófono – 1º Encontro Literário de Montemor-o-Velho”


Site: http://www.livroseleituras.com/
Desde já, agradeço a divulgação! :)
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