CAOS
Nós, seres desumanos
Deixamos que a sofreguidão do momento
Se apodere do corpo
Desprezamos as cúmplices migalhas
E os beijos do sol em manhãs sorridentes
Preferimos apertar a chuva miudinha
Dar as mãos por fugazes interesses
E lavá-las em águas injustas…
Nós, seres desumanos
Trocamos olhares como quem faz do engate
Rotina diária para a sobrevivência
Lambemos a cobardia e o medo
Alimentamos as barrigas cheias
E as aparências contrafeitas
Somos desgraçados porque
Preferimos a raça que nos destrói…
Nós, seres desumanos
Continuamos em falta connosco próprios
Falta-nos percorrer a vida
Falta-nos abraçar a essência
Falta-nos o ato mais nobre de todos: Amar!
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PERDE-TE
NAS LETRAS
Perco-me
no âmago das letras
Encontro-me no calor do teu abraço
Rasgo quimeras que atravessas
Descobrindo-me, passo a passo
Entendes a palavra amor e s-o-l-e-t-r-a-s
Tudo o que sentes e tens para (me) dar, sem
Enigmas prosaicos nem rascunhos poéticos
Não desvendas a mais ninguém
A arte dos nossos corpos simétricos
Simbiose perfeita que encaixa tão bem
Longe de olhares rabiscados de maldade
Escrevemos o presente numa folha solta
Trocamos sorrisos que vencem tempestades
Rendemo-nos ao mundo à nossa volta
Apreciamos o toque das mãos e a sinceridade:
São esses instantes que valem a eternidade.
Encontro-me no calor do teu abraço
Rasgo quimeras que atravessas
Descobrindo-me, passo a passo
Entendes a palavra amor e s-o-l-e-t-r-a-s
Tudo o que sentes e tens para (me) dar, sem
Enigmas prosaicos nem rascunhos poéticos
Não desvendas a mais ninguém
A arte dos nossos corpos simétricos
Simbiose perfeita que encaixa tão bem
Longe de olhares rabiscados de maldade
Escrevemos o presente numa folha solta
Trocamos sorrisos que vencem tempestades
Rendemo-nos ao mundo à nossa volta
Apreciamos o toque das mãos e a sinceridade:
São esses instantes que valem a eternidade.