segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A POESIA E O POETA



A poesia é outra atmosfera.
É cascata a florir, é seda, é fogo, é um poço de rosas brancas com e sem espinhos.
O poeta “sofre” aquilo que escreve.
Traz as janelas do peito sempre abertas, as palavras não ficam retidas ao vidro baço.
O poeta é eterno apaixonado pelas letras, sempre que pode abraça-as.
Quer ir mais além, muitas vezes, sem saber onde. Mas olha, sonha, busca, alcança, inventa, inventa-se até ao tutano.
O poeta despe-se e veste-se em pele de animal, solta suas garras e invade, invade-se, consome, consome-se, arrepia, arrepia-se. VIVE!
O poeta veste-se numa árvore de Outono e colhe os maiores/melhores frutos.
Seus olhos são o cais da poesia e suas mãos seguem-lhe o rasto.
O verdadeiro poeta embriaga-se na vida, ferve, enlouquece, morre e renasce a cada linha que se avista. Vai nas asas de uma andorinha e em cada galho espreita o perfume da Primavera, sem querer saber do vento que sopra ou da nuvem que chora, fazendo magia em cada poema.
O verdadeiro poeta traz cada verso no céu da alma e banha-se num oceano de águas rubras. Aprisiona-se em cada palavra que mereça a sua atenção e expulsa o tempo naquele momento, tudo pára, e lembra-se de si mesmo.
A poesia é mais que o céu num grito de ave.

22.01.12
QUEEN – TO MUCH LOVE WILL KILL YOU
https://www.youtube.com/watch?v=JwUR6c8lTE0&ob=av2n
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