domingo, 18 de setembro de 2011

ARREPIOS NA ALMA


















Estou com uma sensação de frio
Perco-me no vazio
Aconchego-me nos cobertores
Que não me acalmam
Nem me levam as dores
E eu sei porquê
São arrepios na alma
Não no corpo
Mas que se estendem até ele
E se apoderam dele

Arrepios gelados
Arrepios calados
Que me atacam
Que me comem
Que me matam
E me consomem

Lacunas minhas
E não tuas
Lágrimas nuas
Desfeitas nestas linhas

Eu sei que peco
Sou assim
Engulo em seco
Guardo para mim
Ponto final
Fim

11.09.2011

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