sexta-feira, 25 de março de 2016

RUÍNAS





Se a penumbra é rainha
Das minhas noites
Os teus traços são diamantes
Lapidados na bainha 
Do meu vestido



As ruínas destroçaram-me
Batendo lentamente sobre o solo
Os teus lábios chovem-me
Ao canto da boca, as palavras engulo



O silêncio é dominante
Nas nossas conversas 
Só o rio sabe dos meus lamentos
Só os teus olhos aquecem
As minhas mãos, por momentos


Não há indícios de perdão


Nos beijos
Que me não deste
Nas cartas
Que me não leste



O amor é transitório
Ainda que a eternidade
Clame pelos teus (a)braços.





21.02.16
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...