quarta-feira, 25 de abril de 2012

RESQUÍCIOS (DE TI)


Habita(s)-me rastilho, trazes resquícios
Sinto-te morrer em meus olhos breves
Fugaz, procuro-me em teus interstícios
Magoas-me até nas gotas mais leves

Veste-me a sombra do teu cego olhar
Pudesse eu livrar-me deste turbilhão
Tinha tantos “bons dias” p’ra te dar
Com palavras também se despe o coração

Deixa-me falar-te dos barcos que navegam sem nós
Deixa-me ensinar-te como (cl)amar a uma só voz!
Deixa-me olhar pelo sorriso que me emprestas, sei lá
Como se vive a dois por inteiro se não estás cá?!
(A)batem-me vestígios (aqui)
Neste papel triste…
Nesta dor qu’insiste
Onde bordo resquícios (de ti)

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23.04.2012
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