Voam as folhas nas brumas
Onde o tempo desce (s)em sombras
Decalques mornos nas margens
Onde a liberdade (in)quieta a verdade…
A palavra interroga as mãos
Num dedilhar prenhe de sentidos
Em que só os gestos sabem expor
A transparência para o quotidiano…
Na janela de água corrente
Os vultos fogem ausentes
Nas entrelinhas caladas
Das telas inacabadas…
Nem um verso tenho
Para te escrever ou dizer
É no rio salgado que banho
Meus olhos por não te ter…
17.06.13