Há
um fio que interrompe o silêncio
Há
sinais que quebram a fala
É o tempo invadido pelo demónio
Que esta noite emerge e me cala.
É o tempo invadido pelo demónio
Que esta noite emerge e me cala.
São
vozes que vêm de todos os lados
Numa dormência que de alto a baixo me embala
Onde estão os quadros outrora delineados?
Há rasgos de suor e sangue pelas paredes da sala.
Numa dormência que de alto a baixo me embala
Onde estão os quadros outrora delineados?
Há rasgos de suor e sangue pelas paredes da sala.
Trago
a pele engelhada pelos sinais do tempo
Nunca
fui de abdicar dos meus planos
Não me revejo no espelho fragmentado do momento
Sou eu que estou a causar meus próprios danos.
Não me revejo no espelho fragmentado do momento
Sou eu que estou a causar meus próprios danos.
A
camisa amarrotada não me seduz
Nem
as calças rasgadas a meio
Trago
o peito em ponto cruz
Almejo cravos rubros no meu seio.
Almejo cravos rubros no meu seio.
Quero
o agridoce das experiências
Renascendo
as vezes que forem preciso
Não
pretendo dominar todas as ciências
Só extrair o melhor de tudo com um sorriso.
Só extrair o melhor de tudo com um sorriso.
Não
é a dor que me emudece
Tampouco a solução apontada pela bala
Esse olhar desviado só me empobrece
Prometo que ainda hoje vou fazer a mala.
Tampouco a solução apontada pela bala
Esse olhar desviado só me empobrece
Prometo que ainda hoje vou fazer a mala.
Um
novo dia nasceu mais cedo que os restantes
O meu brio correspondeu à chamada do sino
O meu brio correspondeu à chamada do sino
Para
mim já não existem palavras gritantes
Dizem que fui por aí lutar pelo meu destino!
Dizem que fui por aí lutar pelo meu destino!
19.08.18