Ventos de pétalas perpassaram
Os ciclos da nossa pele,
Solstícios quentes
A iluminarem restos das flores rúbias
Que plantamos...
Folhas de corpos enternecem
As cascatas do nosso fogo,
Outonos esvoaçantes
A espalharem doses de chuvas mornas
Que colhemos...
E o sentir é fruto enaltecido,
Altar de inverno consagrando
Vinhos às nossas bocas,
Rosa suprema desabrochando ventres
Prometidos
E o amar é fruto já servido,
Verso de primavera desfrutando,
Livro às páginas loucas,
Suco eterno serpenteando horizontes
E gemidos.