Arte de Mario Miranda Escultor
Abrem-se portas
E o galo baila cantarolando
Todo emperiquitado
Na passadeira vermelha
Deslumbra-se
E enlouquece…
Abrem(-se) portas
À vizinha galinha
E o galo desdenha
Invejando com mesquinhice
Dá bicadas de frustração
Em plena capoeira…
Abrem-se portas
E o galo cospe p’ro lado
Mija-lhes em cima
E o odor fede
Terrivelmente
A filarmónica passa
E o galo chora…
Fecham-se portas
Desumanamente.
16.09.13
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