sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O GALO

Arte de Mario Miranda Escultor



Abrem-se portas
E o galo baila cantarolando
Todo emperiquitado
Na passadeira vermelha
Deslumbra-se
E enlouquece…

Abrem(-se) portas
À vizinha galinha
E o galo desdenha
Invejando com mesquinhice
Dá bicadas de frustração
Em plena capoeira…

Abrem-se portas
E o galo cospe p’ro lado
Mija-lhes em cima
E o odor fede
Terrivelmente
A filarmónica passa
E o galo chora

Fecham-se portas
Desumanamente.

16.09.13

1 comentário:

  1. Ops! Que poema amargo! Espero que seja apenas poesia e não reflexo de um estado de alma.
    Um abraço e bom fim de semana

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