quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

GRITO DE SENSAÇÕES - DUETO JESSICA NEVES E ANA COELHO




Cai em meus olhos a noite

A luz do dia recolhe-me
Encosta-se a um corpo vazio
Com a marca dos teus lábios…

Areias soltas numa ventania
Com a maresia a estender poeiras
Nas pontes onde os pontos se separam,
Agitam-se as águas com marcas salgadas...

E o mar solta o teu nome a negrito

Num grito que me toca e destrói
Não sei mais se o vento sopra
Para fortalecer ou apagar o que já foi…

Esvaziam-se as folhas caídas

Em letras com nome, libertam as hesitações
Recaem no olhar as quimeras concretas
Onde a voz do poeta nunca se completa…

É nesta tortura misturada de sensações

Que me desdobro em passos lentos
Certezas só tenho esta: as emoções
Causam tantas vezes arrependimentos!

Quando o arrependimento faz compartimento

No cerne do coração, a alforria é a melhor comoção
Para trazer de novo a luz da noite ao dia 
Na eterna companhia das aragens em confraria!


                                                                     
                                                                     30.01.13

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ATRÁS



Atrás de ti
Há um gesto, uma voz, um rasto 

Dentro dum relógio que corre
Atrás de mim…

Atrás de mim
Há uma carta rabiscada em silêncio 
Selada com um beijo deixado a meio
Entranhado nas rosas que colhi…

Entranhado nas rosas que colhi
Existe um perfume oculto
Indiferente ao seu toque
Com medo de se ferir…

Com medo de se ferir
Alguém se esconde
Atrás da porta…

Atrás da porta
É onde mais existo.

29.01.13

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

DUETO ROSA FONSECA E JESSICA NEVES - NAS ASAS DAS PALAVRAS




No vento baila o sol fulgurante 
Nas asas das palavras 

Que poisam nos teus lábios

Acendendo a luz rosácea da paixão
A tua mão enlaçada à minha
Inebria o estio das águas calmas… 
Invade o peito a melodia 
Do amor e do desejo à beira-mar…
Percorremos um tempo infindável
Nas margens dos corpos
Resquícios de um trépido festejo
Num bailado de aromas 
Distantes e cúmplices
Ávidos de beijos suculentos
A vasculhar o rubro sol poente…
Fundem-se os cânticos
Na terra fértil de gemidos
Numa ternura enleante
A tocar a intimidade do horizonte!

27.01.13


OBRIGADA doce Amiga Rosa
pela bela partilha!



Beijinhos e tudo de bom :) ****

RETALHOS EM NOITE DE LUA CHEIA


domingo, 27 de janeiro de 2013

"DENTRO DA PENUMBRA", PEDAÇOS EM PROSA... (COM PITADA DE POESIA)


    Há em mim uma necessidade constante de escrever, de deixar (es)correr pela pena um mundo de sensações que a boca e o olhar calam e que, a alma pouco a pouco, procura descrever.
    Há em mim, tanta coisa - cheia de nada - inexplicável.
   Confrontos que doem, que corrompem o peito e sangram as mãos.
   Seria tudo mais fácil se uma pessoa não pensasse (em si e nos outros), se colocasse os confrontos de lado, se se evitasse!
   Mas por outro lado, as coisas devem ser pensadas porque, se assim já geram muitos conflitos, sem serem pensadas geram ainda mais!
  Também é certo que não nos devemos/podemos evitar, senão nunca estaremos em harmonia com o mundo que nos rodeia.
  Tudo passa por uma questão de aceitação ou de mudança, alterando o que se considera menos bom… Eu sei disso!
  Resta(-me) passar à prática!

Há em mim, a dor que cai pelo olhar
O traço do teu rosto que faz escorregar
Os meus dedos pelo sorriso que quero
Esta noite ao luar, impossível de tocar…
É na minha rua à porta de casa, que te espero
Sem palavras ou alheias intenções
Quero afastar todo este desespero
E colher dos teus gestos, as melhores sensações!

Há em mim, uma cascata de emoções
Do avesso - sem ti – desgovernada
Pelos dedos das mãos conto paixões
Que não me deixaram tão desabrigada!
Perguntas tu – Será verdade o que ela sente?
Comprova – Toca no meu coração
É teu - é AMOR - não mente
Apesar de toda esta “invasão”!


24.01.13

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

ONDE OS GESTOS SE ABREM - DUETO ANA COELHO E JESSICA NEVES



Escreve-me com palavras silenciadas
Onde os gestos se abrem
Como a luz fervente da criatividade
Faz do meu olhar o teu poema
Onde nada fica sem tema no viver pleno…


Arrasta-me com o silêncio da tua voz

Até à poderosa atmosfera dos sonhos
Onde somos um só e é possível tocar o céu!
Quero divagar no afago da tua pele
Ser-te poesia
No toque suave entrelaçado de versos
No universo coberto de paixão
Onde os inversos se cantam
Em metáforas realizadas pelo refrão
Expelido pelo coração…



Perde-te em mim

E deixa que seja eu a encontrar-te
Não me peças para descobrir o fim
Deste sonho perfeito que me cresce nos olhos
E que me obriga a amar-te!



24.01.13


Obrigada Ana,
por mais um hino à amizade e à cumplicidade!
Venham mais!

Beijinhos de poesia na alma e no coração *****

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

LOLLIPOP - DUETO TERESA TEIXEIRA E JESSICA NEVES




Hoje apetece-me o mar,
Nuvens com asas de gaivota,
Céu pintado de fresco

E sol de brincar

À cabra-cega.



Apetece-me o arco-íris

Pincelado em tons d'esperança
Alimentando a ingenuidade 

Que trazia nos olhos, em criança!

Quero sentir, dentro de mim, a eternidade

E um jardim (de aromas quentes)... 

Plantado de amarílis...



Quero o pote de ouro antigo,

Coisas do arco da velha
A lembrar ao coração

Cheiro de maçãs de inverno

Pintadas de carmim

(Que roubei a um por-de-sol)

Por minha mão!

Quero sentir ingénuos risos

Na minha boca gulosa e arrebol...



Sim, quero o mar doce onde me banho,
Castelos de areia e sal, céus irresistíveis,
O presente do passado que não tenho,

Sem futuros obstáculos temíveis...

Quero um reino onde os sonhos são possíveis!...



Hoje apetece-me ser princesa

De outras terras, de outras guerras,
Vestir-me de estrelas e de lua,

Ser o sol que namora a minha rua

Nas tardes em que a brisa cheira a flores...



Esquecer que existem dores!



...



Hoje ordeno que o Amor

Seja uma fonte
E eu a sede a morrer nela...

Quero que a Vida que tenho

Seja uma casa

E eu a menina da janela...



Apetece-me o eco das emoções, 

Como um canto de passarinho novo 

A repetir o que o meu coração diz: 

Em todos os desejos me renovo,

Quero fruir de todas as sensações

E gritar ao mundo que sou 

FELIZ!



OBRIGADA Teresa, uma vez mais...
Pela doçura e cor que deu a (mais) este poema!

Beijinhos no coração ******** :)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

RETALHOS SOPRADOS DO CORAÇÃO




Tinha o peito trancado com dois ferrolhos

Seduzi-o com o toque e com os olhos
Nos lábios trazia o meu sabor
Sussurrou-me ao ouvido: é AMOR!



É ESTE (A)MAR QUE NOS MOVE... 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

PRANTO INCONTIDO - DUETO YOHAN SANTOS E JESSICA NEVES



Recordo-me de cada gota
De cada lágrima
Que os meus olhos embaçaram

A solidão se entrelaçava
Fundia-se ao sentimento que me habitava
Sugava-me suavemente

Vazio e esperança
Pranto incontido
De um pobre, ou mesmo de um nobre
Açoitado pelo coração
Pelos pedaços que ainda restam
Que ainda insistem em pulsar

Mesmo sem sangue, sem cor, sem vida. . .

Retalhos em desalento
Numa tela morta, descolorida
Passando ao lado do firmamento…

Recordo-me desse pranto incontido
Dum lugar arrepiante e vazio  
Recordo ainda um gemido
Solto do coração, frio…

Esse lugar é o único que tomo como meu
Porque lhe pertenço. Nele, sou apenas eu!…

21.01.13


Obrigada pela partilha Yohan neste (nosso) primeiro dueto!
:)



CONHEÇA(M) MAIS DE YOHAN SANTOS:

Recanto das Letras: Yohan Nascimento

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

PRETO NO BRANCO



Há um grito
Que desponta preto no branco
Entre o silêncio e a revolta
Onde andam à solta
O ódio e o amor
Um verso rude e um poema sem dor…


Há um colo vazio
Umas mãos quaisquer, ocas
Algures, um calafrio
Num arrepio de bocas…



E eu anseio a todo o custo vislumbrar 
Preto no branco, o futuro no presente
Desmaio ao cair do pano por não tocar
Nem um nem outro, simplesmente
Um eco, um grito, um silêncio em chama
Um rumor na penumbra da (nossa) cama…



A corrente que me traz
É a mesma em que tu me levas.
Preciso que vás
Quero conhecer o sabor das trevas!



Calca-me… 
Sopra-me por aí, para l-o-n-g-e!
Odeia-me hoje
E ama-me loucamente
Amanhã… e eternamente!



21.01.13

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

POEMA A DOIS ESCRITO, A OURO LAVRADO - DUETO JESSICA NEVES E TERESA TEIXEIRA *

Imagem inspiradora do belo Rio Douro

Te contemplo com o olhar de Menina-Mulher

Adivinho o coração aroma-de-mel

E a água cristalina do teu ventre, genuíno Ser

Douro és mais que poema, és anel!


Reflito-te,  em adoração de Homem-Menino,
E do fundo dos meus olhos cor-de-ouro
Sorrio-te, como infante pequenino,
Que no teu colo vem guardar o seu tesouro.

Suavemente, enfeito-te ao meu gosto

Dos lábios sumarentos provo o beijo

Cachos de uva são o saboroso mosto

Enternecendo o calor do nosso ensejo!


Ternamente te enlaço, Terra amada,
Como jóia que mereces por direito
E no estio, nossa boda é festejada
Pelas vinhas que tu bordaste a preceito…

Oh! Douro-Poema, Homem-Menino

Que estranha vontade esta de te tocar!

Porque serás sempre o melhor destino?

E o único a quem tenho amor p’ra dar?


Oh, Poema-Douro, Menina-Mulher,
Que prazer eu tenho em te adornar!
Para te ver, quando o Inverno vier,
Despir,  e no meu leito aconchegar!


Oh! Douro-Poema, Homem-Menino

Se soubesses quanta vida me dás!

Em ti, nenhum sonho é pequenino
Minha alma jamais olha p’ra trás!


Oh, Douro-Poema, Mulher-Menina,
Quanto da minha história se faz a tua!
Ao Mundo, a Natureza aqui ensina
Que a beleza o trabalho apazigua!!


                                                             
                                                         15.01.13


* "cantando ao desafio o namoro da Terra-Douro e do Douro-Rio."

Obrigada Teresa!
Foi um gosto e um enorme desafio entrelaçar a nossa poesia!
Venham mais duetos!




Conheça(m) mais da belíssima Poesia de Teresa Teixeira,
Pessoa e Poetisa que muito admiro:


BLOG: douroumpoema.blogspot.com/
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