Parto,
Arrancando de mim despojos que me enraízam,
Resgatando do ventre sinais de promessas vãs
Procurando cravar na pele sonhos que enfatizam
As linhas do horizonte bordadas a ouro e lãs…
Parto,
Sem querer lembrar de mim, se sou ou se já fui
Se fico, se vou, se me partiste
ou me chegaste,
Se este adeus é vil virtude que me prostitui
E me retorna ao pecado por que me choraste.
Ensaio…
Ainda há caminhos e estações
A percorrer, no fio de horizonte
Que me entretece sensações
De sol indeciso, entre o vale e o monte...
Ensaio...
Tudo e coisa nenhuma,
Com um grito que me acalma o ego
Desfilo leve, indómita pluma,
Ao repouso suave do meu aconchego.
22.05.13
Teresa, sabe cada vez melhor este enlaçar de palavras!
Obrigada! Um beijinho enorme de poesia e admiração no coração que sei enorme *