sexta-feira, 30 de novembro de 2018

O TEU AROMA SALPICADO PELO MEU CORPO




Sinto o teu aroma salpicado pelo meu corpo
Invento o quadro perfeito
Que traz à tona a tua presença
Doce aconchego do meu peito
Nestas noites d’Outono
Onde entras sem licença
Para me adiar o sono.

Invoco o sabor morno dos teus lábios
 – Oh! Como são sábios se pendurados nos meus –
Dedilhas um a um, meus íntimos segredos
Como quem quer sempre mais
Destapas paulatinamente o véu
Do calor dos meus (a)braços já não sais…

Deixo-me ao de leve, sorrir e embriagar
Por esse fogo que trazes no olhar
Elevas-me porque me permites sonhar além
Contigo celebro a vida todos os dias sem medos
Não te sei – nem pretendo – mentir
Conheces minhas tristezas e alegrias
Sabes sempre me conduzir
Dás puro sentido à minha existência
Por me quereres tão bem
Numa singular distinção de me fazeres sentir alguém...

Confesso que a minha única exigência
É contigo lutar p’ra ser feliz
Soprando p’ra longe a ausência de ti…

És tudo o que idealizei para mim e sempre quis
Ao compasso o meu coração diz:
Inevitavelmente o teu lugar é aqui!



24.11.18

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

ÉPOCA DE CASTANHAS




Meus amigos, venham daí celebrar
Esta época de São Martinho
As castanhas vamos compartilhar
Regadas com um bom vinho!

Não vamos escapar à tradição
Com uma mesa bem recheada
Não nos vai faltar animação
Que seja uma festa abençoada!

O tempo não está convidativo
Mas nós queremos contrariar
Se é um acontecimento festivo
Continuemos enfim, a celebrar!

As castanhas estão quentinhas
Há cozidas e até assadinhas
O Magusto é p’ra comemorar
Estamos cá p’ra degustar!


11.11.18

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

NÃO HÁ CALENDÁRIO SEM TI




São cada vez menos as cores dos meus dias
São cada vez mais as dores que as alegrias
Que caem na sombra do meu olhar
Na esperança de respostas tardias
O tempo tornou-se vazio e vulgar

Cada data supostamente especial
Tem o esboço a lápis do teu rosto
O sussurro do segredo abismal
Guarda meu peito de desgosto

A lembrança do teu aniversário
Aquele sorriso a meio da tarde
Meu fado triste e precário
Desvanece numa alma que arde

Minhas recordações tão acesas
Trazem-te sempre por perto
Não há gestos nem rezas
Que combatam este deserto

Cada hora é mais dolorosa
Deposito rosa sobre rosa
Não há calendário sem ti
Somente o vazio enlutado de te não ter aqui.


28.10.18

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