segunda-feira, 6 de maio de 2013

PÉTALAS DA NOITE
























Acorda uma página em branco
Nas mãos de um poema a fermentar
Faz-se a manhã
Com um copo de vinho negro
E um cigarro mal disposto…

São horas de cumprir Março
E os meus olhos entre um gole e outro
Ainda estão a planar
No rigoroso inverno
Deixando que a febre
Se alastre pelo corpo…

Agasalha-me as mãos
Com as pétalas da noite
E morde o silêncio
Em voos de eternos desalinhos
Antes que o nevoeiro surja
E o meu rosto regresse
À agrura do passado
(À frente do presente).

01.05.2013
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