Não
temas a passagem dos anos
Nem o rio que no olhar s’atravessa
Não tapes a cara com panos
Velhos rendilhados à pressa!
Não!
Não queiras olhar p’ra trás
Nem olhes demasiado p’ra frente
Contenta-te apenas, em ser capaz
De viver serenamente, o presente!
Desfruta
do sorriso amigo
Daquele olhar inesperado
Da mão dada ao desconhecido
Do contacto que foi trocado!
Detém-te
nesses momentos
No quão são muito especiais
Esquece o relógio dos lamentos,
O ódio e todas as coisas triviais!
02.04.15