Sinto o
teu aroma salpicado pelo meu corpo
Invento o quadro perfeito
Que traz à tona a tua presença
Doce aconchego do meu peito
Nestas noites d’Outono
Onde entras sem licença
Para me adiar o sono.
Invoco o sabor morno dos teus lábios
– Oh! Como são sábios
se pendurados nos meus –
Dedilhas
um a um, meus íntimos segredos
Como quem quer sempre mais
Destapas paulatinamente o véu
Do calor dos meus (a)braços já não sais…
Deixo-me ao de leve, sorrir e embriagar
Por esse fogo que trazes no olhar
Elevas-me porque me permites sonhar além
Contigo
celebro a vida todos os dias sem medos
Não te sei – nem pretendo – mentir
Conheces minhas tristezas e alegrias
Sabes sempre me conduzir
Dás puro sentido à minha existência
Por me quereres tão bem
Numa singular distinção de me fazeres sentir alguém...
Confesso que a minha única exigência
É contigo lutar p’ra ser feliz
Soprando p’ra longe a ausência de ti…
És tudo o
que idealizei para mim e sempre quis
Ao compasso o meu coração diz:
Inevitavelmente
o teu lugar é aqui!
24.11.18