sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

LIVRO DE MEMÓRIAS




Sim, dói!
O corpo fica pálido
À nossa volta tudo se comprime
O sufoco apodera-se do tempo
Quando a boca sussurra saudade
Vem o livro de memórias à cabeceira
O candeeiro aceso ao batimento acelerado
Trazendo aquela história de sempre...

Foi ontem que vieste (como) pela primeira vez
Escreveste mil promessas de amor
E partiste como nunca
Em carícias desniveladas e gestos vazios
Deixaste uma sombra amarga nos meus olhos
E um bouquet desfolhado sem destino aos meus pés...

Sangra ao meu redor
E eu não sei mais se hei-de acreditar
Só te sei aqui gritar
Todo o meu íntimo amor.



20.12.18

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