quarta-feira, 4 de julho de 2012

ESPERO-TE À MESMA HORA DA SOLIDÃO


O teu nome ficou bordado no tapete do quarto
Só as minhas mãos molham o ácido chão
Sou mulher em pleno parto
Gemendo em êxtase esta solidão!

Acendo a TV
                                                           [com as mãos gritantes
Estás em todos os canais
Diz-me porquê?!
                                                             [Não é só por instantes
És(-me) sempre demais!

O cabelo acabei de atar
Faltam os teus dedos
Para o desembaraçar
E levarem meus medos!

Espero-te como ontem, no chão
Do meu quarto, com a TV ligada
…À mesma hora da solidão…
Em que me és tudo e sou(-te) nada!

16.06.12
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