O meu poema "Sociedade", na edição de hoje do Jornal da Mealhada. 🗞 🖋 ✍ 📙
Tantas são as vezes em que quero as palavras eternizadas
no papel, na pele, na alma e no coração! ♥
O meu poema "Sociedade", na edição de hoje do Jornal da Mealhada. 🗞 🖋 ✍ 📙
Tantas são as vezes em que quero as palavras eternizadas
no papel, na pele, na alma e no coração! ♥
Já o meu olhar entreabria a cortina do teu corpo
Quando entravas em cena
Deslumbrante como só tu sabes ser
A tua boca quente sussurrava:
Não há limites no palco do prazer!
Acenavas-me em gestos mornos
Os teus lábios pediam os beijos mais acesos
Numa orquestra mágica ensaiada
Sem aviso prévio nem licença poética
Com a máxima ousadia e sensualidade
As máscaras eram apenas acessórios
Espalhados entre sete paredes de pecado…
Naquela noite não éramos atores
Somente amantes e poetas loucos
Donos de sonhos ardentes
Em salas rendidas de afagos
Éramos simplesmente nós…
Dedilhávamos ousadas danças a sós
- Quiçá algo mais atrevido no momento -
O aconchego afável das tuas mãos
Trazia-me uma melodia interminável
Dominada pela tua voz no meu ouvido
Os trajes arrojados soltavam-se
A um ritmo alucinante
E davam lugar a sorrisos e gemidos contagiantes!
Não ligávamos à plateia
Apenas apreciávamos a pornografia
De estarmos bem vivos
E sermos submissos um do outro
Ao descobrirmos as maiores tentações
Lado a lado num caminho sem destino!
O cair do pano era apenas mais um pretexto
Para recomeçarmos vezes sem conta
A cortina já conhecia os nossos passos
Ao som de todos os atos e fantasias
Ofereciam-nos pétalas de rosas rubras
E continuávamos a ser felizes
Entre jogos de sedução e eternos aplausos!
04/07/23