Deixa-me que te foque
Sossega embebido pelo odor matinal
Dispo-te sem que te toque
Ao encanto da catástrofe natural
Que delire a gravata lavada
Ao espelho da minha fantasia
Que se desfaça a camisa talhada
Em lascas de madeira
Que humedeçam os meus lábios
Pelo teu tronco como trepadeira
Que o cinto se destrua
Entre meras labaredas
Que as calças perfurem o tecido
E se agitem em carne viva
Que a minha carne seja a tua
Que os sapatos se desatem
E as meias voem noutra perspectiva
Que a mais genuína intimidade
Se expresse e se solte
Entre arrepios de liberdade
Grite o mar e se revolte
Agora sim,
Sinto-me capaz de te amar
Para lá do horizonte
Até que te possa completar
Como a água completa a fonte.
25.10.11
NIGHTWISH – THE PHANTOM OF OPERA
-> http://www.youtube.com/watch?v=i5SUSmedMm8