Nós, seres desumanos
Deixamos que a sofreguidão do momento
Se apodere do corpo
Desprezamos as cúmplices migalhas
E os beijos do sol em manhãs sorridentes
Preferimos apertar a chuva miudinha
Dar as mãos por fugazes interesses
E lavá-las em águas injustas…
Nós, seres desumanos
Trocamos olhares como quem faz do engate
Rotina diária para a sobrevivência
Lambemos a cobardia e o medo
Alimentamos as barrigas cheias
E as aparências contrafeitas
Somos desgraçados porque
Preferimos a raça que nos destrói…
Nós, seres desumanos
Continuamos em falta connosco próprios
Falta-nos percorrer a vida
Falta-nos abraçar a essência
Falta-nos o ato mais nobre de todos: Amar!
04.07.13