Não sei se chame fuga à iniciação
do teu voo.
Antes um golpe de asa, um reflexo encandeante,
Uma réplica inesperada do impulso que te sou,
Um querer ir mais alto, mais distante,
Ser, enfim, livre – de voltar ao céu que te gerou!
Antes um golpe de asa, um reflexo encandeante,
Uma réplica inesperada do impulso que te sou,
Um querer ir mais alto, mais distante,
Ser, enfim, livre – de voltar ao céu que te gerou!
Meu pássaro azul, minha certeza,
Que a aventura é risco e é beleza!
Não sei se chame bênção à força que te levou
Antes uma ferida no peito, uma dor penetrante,
Uma cama fria com um lençol que a desmanchou,
Um desalento em mim, num desfiar revoltante,
Ser, enfim, sem ti – sem o aroma a que o teu corpo me habituou!
Meu castelo desfeito, minha pobreza,
Que o fado é curto p’ra tanta tristeza!
Só sei que com meus braços nus ainda vou
Cobrir de flores, em equinócios de amante,
Sempre esperando o amor pródigo que ditou
Ser eu a árvore que escolheste para doravante
Folheares, aprendendo com o vento que passou!
Meu poema alado, minha destreza
Que o amor é a maior fonte de riqueza!
28.04.13
BLOG DE TERESA TEIXEIRA:
douroumpoema.blogspot.com
OBRIGADA TERESA!
Adorei mesmo de coração este dueto!
As nossas partilhas poéticas estão cada vez melhores! :)