Se as tuas costas fossem um piano
Talvez eu soubesse tocá-las paulatinamente
Ao compasso da melodia dos corpos
Dedilhar acordes perfeitos nos teus braços
Entre gestos mornos que desnudam a alma
E trazem aromas de mel e beijos com sabor a amoras
do campo...
Contrastes de teclas a preto e branco
Que guardam no peito, memórias e lugares onde sorrimos
Numa primavera a tempo inteiro
Salpicada de lábios sumarentos e poemas eternos
A florir nos teus olhos.
17/03/2021