quinta-feira, 3 de maio de 2012

INTERROGAÇÃO (E FIM) DE MIM


Ténue, soletra-me a solidão: quem sou?!
Cresce no interior a interrogação de mim
Num sopro o comboio já lá vai, passou
Cospe-me pr’á linha suplicando o fim

Abalou sem dizer nada, pobre vida
Levou as mãos vazias, olhos cheios
No rosto nem uma lágrima colorida
Tremelicando da boca mil anseios
E hoje por não saber dizer mais de ti
Adormeço profundamente, aqui
Nesta (espécie de) esfera poluída

Sofrendo sem ponto de socorro
Sobra-me lenta a despedida
Onde fragmentada e nua, morro!

02.05.2012

2 comentários:

  1. Acabou por dar um belo poema! :)

    Ass: Skeptical-five

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  2. Bonito o poema mas muito triste. Só pode ser ficção. Não acredito em tanto sofrimento.
    Beijinhos.

    ResponderEliminar

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