quarta-feira, 3 de agosto de 2011

REFÚGIO

Quando penso que já esgotei a imaginação
Encontro outra razão
Outro motivo
Outra explicação
Ou até improviso
Para não parar de escrever
Que é um vício
Como o vício de comer

Pego na varinha de condão
Começo a escrever
Transformo a imaginação
Em algo que se possa ler

Escrever
É uma razão de viver
Uma forma de expressão
De quem não tem nada a perder
E se deixa levar pelo coração

É uma forma de me refugiar
E nunca me calar
É não me limitar a olhar
Mas passar para o papel
Aquilo que observo
Aquilo em que estou a pensar
Aquilo que preservo.


02.08.2011

3 comentários:

  1. como sempre gostei deste poema...eu também sou assim e tento me sempre refugiar na escrita porque é na escrita onde consigo dizer tudo o que penso e não imagino ter sem ter as pessoas a dizer isto ou aquilo...
    posso dizer que nosso refugio é o insulamento e aproximação ao papel... só ele nos entende e percebe o que sentimos...um dia em que não consiguemos fazer um traço no papel é porque a imaginação não mora mais la...
    adoro este poema, mas para quem lê pode dar a sensação que te sentes sozinha...
    beijos

    ResponderEliminar
  2. Até mesmo sem palavras, arranjas-te um poema espectacular!
    Tens um grande talento menina, espero ver muitos poemas teus! :)

    ResponderEliminar
  3. Adoro este poema.Continua assim :-).
    Beijocas
    Ana

    ResponderEliminar

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...