Há
um fio que interrompe o silêncio
Há
sinais que quebram a fala
É o tempo invadido pelo demónio
Que esta noite emerge e me cala.
É o tempo invadido pelo demónio
Que esta noite emerge e me cala.
São
vozes que vêm de todos os lados
Numa dormência que de alto a baixo me embala
Onde estão os quadros outrora delineados?
Há rasgos de suor e sangue pelas paredes da sala.
Numa dormência que de alto a baixo me embala
Onde estão os quadros outrora delineados?
Há rasgos de suor e sangue pelas paredes da sala.
Trago
a pele engelhada pelos sinais do tempo
Nunca
fui de abdicar dos meus planos
Não me revejo no espelho fragmentado do momento
Sou eu que estou a causar meus próprios danos.
Não me revejo no espelho fragmentado do momento
Sou eu que estou a causar meus próprios danos.
A
camisa amarrotada não me seduz
Nem
as calças rasgadas a meio
Trago
o peito em ponto cruz
Almejo cravos rubros no meu seio.
Almejo cravos rubros no meu seio.
Quero
o agridoce das experiências
Renascendo
as vezes que forem preciso
Não
pretendo dominar todas as ciências
Só extrair o melhor de tudo com um sorriso.
Só extrair o melhor de tudo com um sorriso.
Não
é a dor que me emudece
Tampouco a solução apontada pela bala
Esse olhar desviado só me empobrece
Prometo que ainda hoje vou fazer a mala.
Tampouco a solução apontada pela bala
Esse olhar desviado só me empobrece
Prometo que ainda hoje vou fazer a mala.
Um
novo dia nasceu mais cedo que os restantes
O meu brio correspondeu à chamada do sino
O meu brio correspondeu à chamada do sino
Para
mim já não existem palavras gritantes
Dizem que fui por aí lutar pelo meu destino!
Dizem que fui por aí lutar pelo meu destino!
19.08.18
Palavras que chegam com sentimentos
ResponderEliminarE deixam coração de leitor carente
E a alma a pedir mais e já ciente
Os próximos serão para mim alimentos...
João Furtado
http://joaopcfurtado.blogspot.com/