Nunca mais fui em qualquer corrente
Desde que ensaiei os dezoito anos
Decidi seguir a linha da própria mente
Seduzida p’los meus desejos profanos.
Não busco identificação com os demais
Nem sequer entro no espírito por obrigação
Em tempo de vida, nunca colaborei em funerais
Se é relevante, sou eu que defino o elo de ligação.
Não é pelos outros que me rejo
Por mero instinto, cedo a uma ou outra atração
Sou uma mistura lúcida de razão com emoção
Em nenhuma fórmula me revejo.
Mesmo antes de completar os meus dezoito anos
Já eu trazia no bolso mil e um segredos insanos
Sem pensar em qualquer presença nos tribunais
Sempre fui tecendo cravos com poemas viscerais.
Se o fado é feito de julgamento e de aprovação
Eu vou ali ao lado e enfrento sem pedir perdão
Não procuro aceitação, fico-me pelo respeito
O melhor é ser peculiar sem que isso seja considerado
defeito.
23.02.19
Belíssimo, querida poeta...Um pouquinho de você em cada linha...descobrindo-se e deixando-se descobrir. Bjsss. Jadson Simões
ResponderEliminarComo sempre...a beleza da poesia em ti.
ResponderEliminarTeu encanto sobreposto em cada trecho, tua poesia viciante. Excelente!
ResponderEliminarCantiga para não morrer, de Ferreira Gullar
ResponderEliminarDeliciar seus poemas gota a gota
ResponderEliminartal qual um excelente vinho
em noite outonal...
Jadson Simões